Arquivo mensais:agosto 2012

Próximas paradas

Foto: Ana Airam

Emocionante o lançamento do livro, na última terça-feira, com a presenças de amigos para lá de especiais e algumas pessoas vindas de longe, como a minha queridíssima amiga Jéssica Gonçalves, que mora em Houston e, numa rápida circulada no Brasil, enfrentou 9h de ônibus para vir ter comigo e levar o seu exemplar de Use o assento para flutuar. Outro foi o Tázio Zambi, que veio de Aracaju e que já está se tornando parceiro. Mais o Marcelo Ariel, que assina o posfácio do livro, que chegou de Cubatão, o Néres que veio de Santo André. Isso sem falar nos próprios habitantes da Pauliceia que se deslocaram das casas habituais voltadas para a poesia e toparam ir até a Funarte, que fica numa região considerada inóspita (paulistanos: usem a cidade, ela é de vocês!) por muita gente da cidade. Todas essas benevolentes presenças me fazem sentir muita gratidão e os quilates de amizade conquistada em tão pouco tempo que tenho como morador de São Paulo.

Agora, lançado o livro, estreada a performance-espetáculo, saio para uma mini-turnê por algumas cidades. Segue a agenda:

No Londrix – Festival Literário de Londrina:
Sexta-feira, dia 24/8 às 17h30 no SESI Lançamento do Use o Assento para flutuar na companhia de Edison Maschio, Marcelo Montenegro, Marcelino Freire, Felipe Pauluk e Beatriz Bajo (que também estarão lançando os deles).

Sábado, dia 25/08 às 18h no SESI: mediação do bate-papo com os “poETs” (banda formada por Alexandre Brito, Ricardo Silvestrin e Ronald Augusto).

Em seguida, às 19h30, participo da mesa “Literatura, performance e outros meios”, com Maicknuclear, Carol Sanches e mediação da fotógrafa Fernanda Magalhães.

E por fim, no domingo, 26/08, participamos (eu e Franciane de Paula) da festa de encerramento do LONDRIX 2012, com a performance POEMACUMBA. A festa começa ao meio-dia na Vila Cemitério de Automóveis.

Em Belo Horizonte na mostra REDE – Terreiro Contemporâneo de Dança:
Domingo, dia 02/09 no terreiro Ilê Opô Olojukan
POEMACUMBA

Ainda em Belo Horizonte:
Sábado, dia 15/09 na Casa Una (Rua Aimorés, 1451)
Coquetel de lançamento de Use o assento para flutuar

Em Paraty:
Quinta-feira, dia 20/09, na Casa de Cultura:
17h – Roda de Jongo
18h – Bate-papo com artistas locais
19h – POEMACUMBA
19h30 – Cortejo de Maracatu rumo ao bar Camoka Cultural (na região do cais)
20h – Lançamento de Use o assento para flutuar no Camoka.

No Rio de Janeiro:
Terça-feira, 25/09 das 19hs às 21hs no CCJF (Av. Rio Branco, 241 – Centro)
PALAVRAS DE ACORDAR O CORPO
Diálogos com os autores: José Geraldo Neres – Leo Gonçalves
Mediação: Elaine Pauvolid (poeta)
Participação de: Ricardo Riso (crítico literário) Rosane Cardoso (poeta) e Tanussi Cardoso (poeta e crítico literário).

Quinta-feira, dia 27 de setembro
Cep Vinte Mil
No espaço Cultural Sérgio Porto

Poema de mil faces

Esta antologia de poemas se originou de uma conversa entre amigos no, como diria o Rosa, “famigeraldo” Facebook.
A ideia que moveu os poetas aqui presentes foi a de produzir um livro que pudesse ser distribuído gratuitamente para o maior número possível de pessoas (daí o formato PDF) e que pudesse também, de alguma forma, estimular a leitura de poesia.
Então, chega de conversa e vamos à leitura dos poemas que é o que realmente interessa num livro de poesia.
Esperamos que todos curtam os textos e que compartilhem o livro com seus amigos, familiares, parentes, vizinhos etc.

Esta antologia foi idealizada pelo Paulo de Toledo e (lembrando conversas minhas com ele) combina muito com a inquietação dele sobre a inserção da poesia na vida das pessoas reais. A ideia de um livro de poesia viva que possa ser compartilhado pelo máximo possível de pessoas.

Eu, que curti muito a iniciativa, colaboro com um poema do Use. E vi que tem poemas de muita gente que admiro muito e de outros que tomo conhecimento agora, lendo a antologia.

Quem quiser lê-la, pode baixar por vários caminhos. Incluo o Salamalandro como fornecedor também. Basta clicar no link baiixo ou na capa do livro acima.

Poema de mil faces

 

Revista Pitomba

– Fazer o quê, velho, a gente é assim!

Me dizia meu camarada Reuben da Cunha Rocha, enquanto eu folheava embasbacado para o escárnio e o (de)lirismo que transborda do novo número da suculenta Revista Pitomba, que ele me trouxe do Maranhão sob meus protestos de ansiedade incontrolável. E então, eis que abro o editorial:

– Ah! Hein? Ah! Hein?
– ah!

Os editoriais dessa revista são o máximo. O assinam, além do Reuben, o Celso Borges e o Bruno Azevêdo. Na revista, tem fotonovelas, sarcasmos, maledicências, benedicências também, poemas e traduções de poesia deles e de outros colaboradores como o Fabiano Falcon, Luiza de Carli, Nonato Masson, Paulo Vieira, Rafael Campos Rocha e, neste número, eu que, em parceria com o Reuben, traduzi o “Manifesto populista” de Lawrence Ferlinghetti: “Poetas, saiam dos seus armários/abram suas janelas, abram suas portas/Vocês já hibernaram tempo demais em seus mundinhos fechados” etc.

O número está brilhante. Mas também, pah!, os caras são do Maranhão. Ou você não sabia que foi lá que a poesia brasileira foi inventada?

No Londrix 2012

Semana que vem, de 24 a 26 de agosto, participo do Londrix – Festival Literário de Londrina e estarei com a programação intensa. Veja aí:

Sexta-feira, dia 24/8 às 17h30 no SESI Lançamento do Use o Assento para flutuar na companhia de Edison Maschio, Marcelo Montenegro, Marcelino Freire, Felipe Pauluk e Beatriz Bajo (que também estarão lançando os deles).

Sábado, dia 25/08 às 18h no SESI: mediação do bate-papo com os “poETs” (banda formada por Alexandre Brito, Ricardo Silvestrin e Ronald Augusto).

Em seguida, às 19h30, participo da mesa “Literatura, performance e outros meios”, com Maicknuclear, Carol Sanches e mediação da fotógrafa Fernanda Magalhães.

E por fim, no domingo, 26/08, participamos (eu e Franciane de Paula) da festa de encerramento do LONDRIX 2012, com a performance POEMACUMBA. A festa começa ao meio-dia na Vila Cemitério de Automóveis.

Para saber mais sobre o festival e ver a programação completa: www.londrixfestivalliterario.com.br

 

No livro: fotos de Juliana Corradini

Foto: Juliana Corradini

Enquanto a ansiedade remexe o Salamalandro, à espera do lançamento de Use o assento para flutuar, enquanto vou me preparando para performar o Poemacumba em sua nova fase, vou contando um pouco mais sobre o livro.

Me ocorre lembrar que, além dos meus poemas, o livro contará com um trabalho de Juliana Corradini, uma artista moderna e pluriativa, habitante da Pauliceia. São fotos de fios em alto contraste que podem ser vistas também como outra(s) coisa(s): uma xilogravura, uma serigrafia, riscos num papel cinza e por aí vai. A que está aí acima é só uma palhinha. (Fato curioso: as fotos dela combinaram com o texto da contracapa, assinado pelo Ricardo Aleixo. Coincidência.)

Quem quiser ver mais, aguarde um pouco. Elas estarão disponíveis, no livro, a partir do dia 21 de agosto!

 

Da palavra macumba ao Poemacumba

 

Palavra com destino diverso e adverso é esta palavra “macumba”.

Remanescente, como muitas, do vocabulário dos africanos trazidos para o lado de cá do Atlântico, de origem banto, com possíveis etimologias em quimbundo, umbundo e quicongo. É palavra de múltiplos significados, sobreviventes e desesperados, em meio às confusas corruptelas que a fala conseguiu salvar sob as chibatadas, as mordaças e a opinião alheia.

No dia a dia, ela é usada com dupla conotação. Por um lado, ela é a oferenda colocada nos locais próprios dos cultos religiosos pertencentes. Encruzilhadas, cemitérios, beiras de estrada, nascentes, cachoeiras. Na faceta pejorativa, não de todo descolada desta primeira, significa feitiço, prodígio para fazer o mal a uma determinada pessoa ou grupo de pessoas. É daí que vem o “chuta que é macumba”, expressão em voga nos dias de hoje. Supõe-se que a pessoa, ao se deparar com a oferenda, poderá ser atingida pelo sortilégio. E chutar é uma forma de tentar desfazê-lo.

O Novo dicionário Banto do Brasil de Nei Lopes, é uma importante leitura para quem se interessa pela filologia da língua brasileira. Convencido de que as matrizes da língua não estão somente na península ibérica, ele levanta diversas fontes para a etimologia de palavras insuspeitas. “Cara”, por exemplo, esta palavra que usamos como vocativo masculino, “o cara”, teria origem no vocábulo quimbundo “okala”, que significa homem. Plausível. Por isso mesmo, o dicionarista Houaiss aproveitou diversas acepções de Nei Lopes em seu monumental Dicionário da Língua Portuguesa.

Nele, podemos encontrar diversas possíveis etimologias para esta palavra macumba. Segundo Lopes, para alguns ela vem de dikumba, precedida do prefixo “ma”, que em algumas línguas banto é marca de plural. Dikumba quer dizer cadeado, fechadura, referindo-se à cerimônia de fechamento de corpos, mas também ao segredo presente nessas religiões de iniciação. Quem “chuta que é macumba”, está chutando algo que não conhece e não compreende. Chuta-se o segredo. Muitas vezes por medo de ser o destinatário do feitiço, mas também por ignorar absolutamente que os destinatários da maioria das oferendas são as próprias divindades. Uma farofa, pipoca e cachaça podem ser oferendas para Exu, o deus mensageiro. Milho é oferenda para Oxossi ou para Oxum. Acarajé é muito apreciada por Iansã. Amalá, um prato com inhame, é, conforme se diz, “comida de Xangô”. São as “Comidas de santo”. E isso não é segredo.

Mas Nei Lopes opina que a palavra macumba vem mesmo é de kumba, feiticeiro (palavra também quimbunda), com adição do mesmo prefixo plural. Sendo assim, não está errado quem diz que macumba é feitiço. Um respeitado pai de santo me disse que feitiço não existe. Mas conheço gente que já fez. Feitiço existe e não existe. Boas intenções existem. Más também. Acredita-se mais nas más do que nas boas? Feitiço é como o diabo do Guimarães Rosa, “vige é dentro da gente”. Todas as culturas, crenças e povos, sejam eles ciganos, celtas, iorubas, egípcios, núbios, indianos, guaranis, sempre souberam disto.

Relativizadores, na tentativa de purificar a impressão geral sobre as religiões de matriz africana, querem fazer que a palavra designe um instrumento musical parecido com o reco-reco (já vi quem dissesse também que o tal instrumento é uma espécie de tambor feito com a madeira de uma árvore específica). Se continuarmos seguindo a orientação de Nei Lopes, veremos que essa acepção está ligada a uma outra palavra do quimbundo: mukumbu, som.

Há lugares em que macumba é a filha-de-santo, as pessoas que praticam a religião. “Fulana, macumba do terreiro tal”. Nesse caso, sempre seguindo Nei Lopes, macumba seria proveniente do umbundo. Nesta língua, kumba é “família morando dentro do mesmo cercado” e também “conjunto de domésticos, serviçais e escravos”. Nesta mesma acepção, o falante brasileiro está habituado a dizer que fulano “é macumbeiro”, ou seja: fulano é da umbanda ou do candomblé.

Essas são as etimologias apresentadas no admirável Dicionário de Nei Lopes. Entre os simpatizantes e praticantes dos cultos ancestrais (candomblé, umbanda e suas variantes), macumba significa (simples e afetivamente) terreiro, ou seja, o local onde são feitos os rituais e também a sua prática.

Mas palavras têm seus próprios usos, independente da explicação que dermos e da sua etimologia. E aquelas de origem africana, especialmente as ligadas a seus cultos originais, possuem mesmo esse dom de dubiedade e são fácil alvo de preconceito para o maniqueísmo ocidental. Macumba não é a única. Muito já se falou, por exemplo, do pré-juízo que assola o nome do já citado orixá mensageiro, peça chave do panteão iorubá, Exu, identificado com o diabo no imaginário cristianizado. E, mais parecida com macumba, tem aquela que entrou negativamente para o vocabulário afroestadunidense e que passou para o Brasil com o mesmo enxurro (para usar uma palavra de Waly Salomão): voodoo, vodu, vodum.

Vodu é palavra de origem fon. Em candomblés brasileiros (conhecidos como Nação Jeje) e caribenhos, ela significa o mesmo que Orixá e Nkisi (Inquice, segundo a grafia mais aportuguesada). As práticas vodus são atividade central em países como o Haiti, a Martinica e outros lugares nas Antilhas e no Benin. Passaram para os Estados Unidos num período de migração antilhana para lá. Esse mesmo povo inseriu palavras novas no inglês estadunidense. Uma delas é Zombie. A prática vodu é, por exemplo, tema do filme Coração satânico (veja que aí já há o preconceito). É que a visível intolerância religiosa norte americana associa os vodus ao mal e à crendice de que vodu é o bonequinho usado com fins maléficos, cópia mágica de um corpo para feri-lo a distância. Mas cabe perguntar: tal prática fetichista existe? Sim. Assim como em outras culturas não ocidentais, existe o desejo de se fazer o bem ou o mal a uma pessoa que está distante. Mas toda e qualquer interpretação que eu tenha encontrado disso vem do olhar ocidental racionalista e generalizante, com total desdém pela cosmologia desses povos.

Foto: Layza Vasconcelos
Foto: Layza Vasconcelos

Entre 2011 e 2012, eu e a dançarina Kanzelumuka concebemos a ideia de um espetáculo de dança e voz intitulado Poemacumba. Apresentamos um primeiro esboço em novembro de 2011 na Casa das Rosas, num evento organizado por José Geraldo Neres e depois estreamos na Funarte, em 2012. Daí por diante, circulamos um pouco. Nos apresentamos em Londrina, Belo Horizonte e Goiânia. Nesse espetáculo, saudamos em corpo e palavra os Nkisis, ou seja, as divindades do panteão banto. Bombongira, Nkosi, Matamba, Kitembo, Kaviungo, Mutacalambô, Lemba e outros, são invocados e convocados pela minha fala e ritualizados em forma de dança por Kanzelumuka.

Quando me perguntam a qual das acepções estou me referindo no Poemacumba, respondo em primeiro lugar que se até os sacerdotes estão certos da inefetividade das intenções maléficas do candomblé, que direi eu que só encontrei valores éticos e muita alegria entre seus praticantes desde que comecei a ter contato com a religião em 2005.

Mas também digo que a ninguém é dado o direito de dar às palavras um sentido fechado. As palavras e seus efeitos nos precedem. Elas vieram antes de nós. Num poema, não posso dizer que estou falando isto em detrimento daquilo. O feitiço do poema é justamente este: permitir às palavras toda a pluralidade, toda a reverberação que elas guardam dentro de si. Elas podem até não significar absolutamente nada, mas todas têm uma importante função no búzio do poema. A poesia não é justamente essa magia de não querer controlar o incontrolável, mas vibrar com ele?

Na ontologia banto (e aqui faço referência ao admirável trabalho do Reverendo Tempels, que publicou em neerlandês o livro de nome A filosofia bantu), o cerne do mundo, o motor das ações humanas, é a força (ngunzu). E tudo o que há no mundo aponta para essa força, essa potência. E não seria justamente o ngunzu (energia vital, segundo a macumba) a força a que almeja todo e qualquer poema?

É função da arte retirar as coisas do lugar. Assuste-se quem for de se assustar. No Poemacumba, a corp-oralização das palavras é o eixo para a experiência-poema. A voz como veículo, o corpo como encantamento. A oralidade como linguagem corporal, o corpo como manifestejo, afeto, exaltação da beleza. A poesia (incorporação) como lugar de força. Ngunzu. Fala-feitiço. Daí que se a palavra macumba assusta a alguns, tanto melhor.

*

Em tempo: há um belo poema de Aimé Césaire exatamente com esse título: “mot macumba”, que traduzi como “palavra macumba”. Você o lê clicando aqui.

Nova cara, novas decolagens

O Salamalandro, num esforço de mimetizar as mudanças no campo de ação de seu piloto, tem passado por uma série de mudanças em vários sentidos. E muita coisa ainda há de mudar. Na medida do possível, vou lançando por aqui as notícias.

Para os curiosos de plantão, já posso adiantar algumas coisas:

Está no prelo, pela editora Patuá, o meu primeiro livro da fase em que tenho estado “paulistando” (assim mesmo no gerúndio, para nos mantermos sempre e movimento e nunca concluso). Use o assento para flutuar terá tudo o que o que você espera (e um pouco de inesperado também, espero): apresentação, posfácio, orelha, para em pé – salvo engano, um formato avantajado, capa colorida e tudo o mais. Farei lançamentos em algumas cidades. Quem quiser acompanhar as informações (vou atualizando ao longo dos dias), é só clicar aqui.

Está também no forno a nova versão de Poemacumba, em vias de se transformar num espetáculo, ou numa performance-espetáculo. Eu e Franciane de Paula estivemos trabalhando nisto nos últimos meses, dando novos movimentos, inserindo elementos cênicos (iluminação etc) e sonoros, novos poemas e um pouco mais de cada um de nós, de cada uma de nossas inquietudes. Essa é, para mim, uma das minhas mais importantes experiências de 2012.

Tanto o Poemacumba quanto o livro serão lançados/estreados no dia 21 de agosto de 2012 na Sala Guiomar Novaes, na Funarte-SP (Alameda Nothman, 1058, próximo ao Minhocão e a alguns quarteirões da estação Santa Cecília). Depois disso, o livro e a performance vão ao Paraná, onde participaremos do Londrix – Festival Literário de Londrina (aguardem mais notícias por aqui também).

Na agenda, que está se completando aos poucos, tem ainda passagens confirmadas por Belo Horizonte  (na Casa Una) e Paraty. Para ir se informando, é neste link (sobre o livro) e neste outro link (sobre a performance).

Para alguns dos lugares onde passarei (passaremos), estou preparando algumas oficinas que vão de “Iniciação à poesia”, voltada para o público jovem, passando por um curso que se chamará “Sobre a poesia”, voltado para professores do ensino fundamental, médio e para estudantes de letras. Ainda voltado para o público pouco experimentado, disponibilizarei o “Ateliê de poesia falada”, inaugurado em julho deste ano, como parte da programação da Off-Flip. Para os iniciados, disponibilizarei também dois minicursos: “África & Poesia”, um curso sobre as contribuições dos “valores de civilização do povo negro” para as poéticas contemporâneas; e “A contribuição Dadá”, para aqueles que se interessam, mas conhecem pouco, os grandes avanços e invenções de um dos movimentos literários que inauguraram o século XX.

Tudo isto e mais um pouco, circulará por aqui no Salamalandro. Conto com a participação de quem quiser (alimentado de Enthousiasmos, quer dizer, do “sopro dos deuses”) levantar voo nessa navilouca ou  quem quiser simplesmente “usar o assento para flutuar”.