Arquivo da tag: benjamin abras

Em BH

O lançamento belorizontino de Use o assento para flutuar será amanhã, sábado, dia 15 de setembro, das 14h às 17h, na Casa Una (Rua Aimorés, 1451 – Lourdes). Será um dia de programação intensa. Convidei alguns poetamigos que ler, performar, vocalizar poemas meus e deles. A programação começa às 15h e terá:

VO(O – Coro de Vozes Comuns
Marcelo Sahea
Mariana Botelho
Benjamin Abras
Thais Guimarães
Renato Negrão
Michel Mingote
Bruno Brum

E eu mesmo.

Vejo vocês lá!

6º Fan – Festival de Arte Negra

O Fan é sempre um acontecimento instigante. Conceitualmente bem estruturado, chegou à sua sexta edição aos trancos e barrancos, superando a (má) vontade política e todo tipo de percalço próprio de tudo o que se tenta fazer culturalmente no país. No seu longo histórico, já teve presenças inesquecíveis como a dançarina senegalesa Germaine Acogny (em 2006) e seu filho Patrick Acogny (em 2009). Inesquecível foi também a enorme exposição da memória da escravidão (em 2002, se não me engano), a revista Roda, o show de Jards Macalé com as Orquídeas.

A programação deste ano não deixa para menos. Homenagem ao Mestre Jonas, leitura-concerto com os poetas Abreu Paxe (Angola), Nina Rizzi (Fortaleza), Ronald Augusto (Porto Alegre) e Sebastião Salgado (Rio de Janeiro), oficinas de dança e de moda, muita música. Destaque especial para a presença da belíssima cantora Susana Baca, a embaixatriz da música afro-peruana e do artista pop senegalês Youssou Ndour, atual ministro da cultura de seu país.

Uma festa para quem (como eu) gosta de diversidade e exuberância.

Clique no link para saber mais e mais sobre o Fan: www.fanbh.com.br

O negro, a flor e o rosário

foto: Michelle Campos

Está em cartaz no Teatro do Izabela Hendrix o espetáculo cênico-musical “O negro, a flor e o rosário”. Nele, são contadas poéticas histórias da presença do negro no Brasil, com uma África sempre mítica, uma poderosa mãe que proporciona a esperança aos que foram levados pra longe, que atravessaram o Calunga Grande (o mar). Personagens como Zumbi, Dandara, o Saci e muitos outros aparecem para rechear de beleza o imaginário referente ao negro no Brasil.

“O negro, a flor e o rosário” é uma criação de Maurício Tizumba e Vítor Alvim. Faz parte da programação da 36ª Campanha de Popularização do Teatro. No seu elenco: Benjamin Abras, Julia Dias, Elisa de Sena, Tásia D’Paula, Eneida Silva, Maíra Baldaia, Simone Meireles, Josi Lopes, Ana Luisa Moreira e Viviane Moreira.

O espetáculo está em cartaz de quinta a sábado (às 21h) e aos domingos (às 20h) até o dia 24 de janeiro.

Retour au pays de Patrick Acogny

Este ano o FAN – Festival de Arte Negra aconteceu em situação mais ou menos periférica. Digo mais ou menos porque a programação estava bonita, com convidados ilustres e competentes. As instalações bem feitas e bem organizadas, com dois grandes palcos e um Ojá (mercado em yorubá). Periférica porque foi empurrado para a orla da Lagoa da Pampulha. Embora bonito, um lugar fora de mão, com poucos ônibus. Difícil para quem não estivesse de carro e quisesse acompanhar a festa até mais tarde. Todo o mérito para os organizadores, o Rui Moreira e o Adyr Assumpção que, pelo jeito, levaram na cara e na coragem. Uma pena o novo prefeito não haver percebido que o FAN é a menina dos olhos dos festivais belorizontinos.

No vídeo acima, feito pela rádio Ojá, alguns momentos do espetáculo “Retorno ao país natal”, apresentado pelo Coletivo FAN da Dança (criado especialmente para o evento) e dirigido pelo coreógrafo senegalês Patrick Acogny. Quem acompanha é o grupo Uakti em colaboração com o griot Oumar Fandi Diop. Leo Gonçalves acabou colaborando um pouco também, enviando as traduções dos poemas de Léopold Sédar Senghor, Aimé Césaire e Léon Gontram Damas que são recitados pelas dançarinas durante o espetáculo.

Autofagia + Ruah! + Pigmentos Sonoros +

ruah-estampa

Pigmentos Sonoros – Uma homenagem a John Cage

Benjamin Abras e Leo Gonçalves lançam o Coletivo Ruah! na performance Pigmentos Sonoros no próximo dia 10 de setembro, a partir das 20h no lançamento da Revista de Autofagia 2 e 3, no Auditório da Escola Guignard.

Apresentação poético-musical baseada em pesquisas ritualísticas, explorando ritmos e sons vocálicos. Para a performance, o coletivo ruah! aproveita estruturas sonoras primitivas onde a desconstrução leva à re-significação das palavras (ou não-palavras).

A proposição “Pigmentos sonoros” surgiu do intuito de homenagear o compositor-poeta John Cage, que no último dia 05 de setembro completaria 97 anos e da intensa interlocução interartística estabelecida em 2009 entre os dois poetas que compõem o coletivo ruah!

Salpicar os sons, desmantelando palavras do sentido roto, ampliando sua corpografia através do canto onde, tom sobre tom, imprimem no corpo o matiz de uma vontade pela vibração das palavras. A palavra retomando corpo, retomando som como paramento de um instante, onde o jogo “vocográfico” desenha possibilidades poéticas entre os falantes, os ouvintes e os dançantes. Sugerindo uma pequena parafernalização dos sentidos [salve Julius], a fim de despertar a ação da palavra enquanto produtora de corporalidades sutis. A performance Pigmentos Sonoros é um experimento do coletivo RUAH!, feita com registros de som e silêncio dentro da poesia sonora, ritualizando a desconstrução da realidade cartesiana e produzindo uma experiência da voz enquanto escrita corporal.

O coletivo ruah! é formado por Leo Gonçalves e Benjamin Abras. Tem como objetivo a investigação, a experimentação e a execução de trabalhos pluriartísticos em plena interação com as tradições mestiças que habitam o planeta.

benjamin abras em dose dupla

hoje e amanhã, participo de duas performances de benjamin abras.

na primeira, que acontece hoje, 28 de maio, a partir das 20h na livraria usina das letras, no palácio das artes. falarei um dos poemas do livro falanges, que será lançado em meio às celebrações da semana da abolição.

na outra, a surpresa: os que forem amanhã, dia 29 de maio a partir das 20h ao tambor mineiro (rua ituiutaba, 339 – prado) serão os primeiros a me ver desempoeirar o violão na performance corpo tambor, onde benjamin emprega dança afro em meio a sonoridades inusitadas. tocarei ao lado de mateus valadares a peça musical que também se chama corpo tambor, de nossa autoria.

saiba mais no blogue do benja: www.benjaminabras.blogspot.com
corpo tambor - performance de benjamin abras no tambor mineiro