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A sopa de pedra mole

Leuk, a lebre, tem fome. Muita fome. E há semanas, está cruzando a savana em busca de algo para comer. Ao chegar numa aldeia, bate à primeira porta que encontra e se depara frente a frente com a pouco amistosa hiena Buki. Leuk, que tem sempre um truque na cachola, convence a hiena a emprestar-lhe seu caldeirão nem muito sujo nem muito limpo para preparar uma deliciosa sopa de pedra mole… Muito conhecido na Europa e na Ásia em suas diversas versões, esse conto popular, aqui cozido à moda africana, fala da solidariedade em tempos difíceis. Com esta sopa inusitada, todos vão sair saciados e com o coração amolecido!

Em 2021, saiu pela editora V&R, o livro infantil A sopa de pedra mole, do camaronês Alain Serge Dzotap e com ilustrações de Irène Schoch, com tradução de Leo Gonçalves (yo). Trata-se de uma história tradicional, um conto da carochinha, contado em diversas culturas. Aqui, o autor enche a sopa de dendê e temperos africanos: os personagens aqui presente são inspirados no famoso livro (para quem cresce em contexto afro-francófono) de Léopold Sédar Senghor e Abdoulaye Saadji, La belle histoire de Leuk-le-lièvre.

O livro pode ser encontrado nas melhores livrarias do ramo, nos sites de livros e no site da editora (https://www.vreditora.com.br).

Você também pode conhecer mais sobre o livro no episódio 19 dos Contos da Quarentena, podcast de Nina Rizzi (clique aqui).

Revista Pitomba

– Fazer o quê, velho, a gente é assim!

Me dizia meu camarada Reuben da Cunha Rocha, enquanto eu folheava embasbacado para o escárnio e o (de)lirismo que transborda do novo número da suculenta Revista Pitomba, que ele me trouxe do Maranhão sob meus protestos de ansiedade incontrolável. E então, eis que abro o editorial:

– Ah! Hein? Ah! Hein?
– ah!

Os editoriais dessa revista são o máximo. O assinam, além do Reuben, o Celso Borges e o Bruno Azevêdo. Na revista, tem fotonovelas, sarcasmos, maledicências, benedicências também, poemas e traduções de poesia deles e de outros colaboradores como o Fabiano Falcon, Luiza de Carli, Nonato Masson, Paulo Vieira, Rafael Campos Rocha e, neste número, eu que, em parceria com o Reuben, traduzi o “Manifesto populista” de Lawrence Ferlinghetti: “Poetas, saiam dos seus armários/abram suas janelas, abram suas portas/Vocês já hibernaram tempo demais em seus mundinhos fechados” etc.

O número está brilhante. Mas também, pah!, os caras são do Maranhão. Ou você não sabia que foi lá que a poesia brasileira foi inventada?

Revista Pitomba

Revista Pitomba

Uma das grandes alegrias de 2011 foi receber das mãos do meu amigo Reuben da Cunha Rocha um exemplar da revista Pitomba, produzida na cidade de São Luís, com o seguinte editorial ocupando as duas primeiras páginas:

Quer fazer, faz.

Organizada e editada pelo próprio Reuben e dois outros maranhenses da porra, o Bruno Azevedo e o Celso Borges, com textos e traduções deles mesmos e de outros de lá, a revista traz também poemas de Gregory Corso, Allen Ginsberg, Thurston Moore, alguma sátira e divertidas ilustrações. Tudo numa edição simples, barata e bem feita. Uma festa.

Lançamento: Silas de Sérgio Fantini

Dia 10 de maio, terça-feira,
às 19 horas.
Restaurante Casa dos Contos
Rua Rio Grande do Norte, 1065, Funcionários
Belo Horizonte – MG

O livro reúne a novela “Diz Xis”, lançada originalmente há 20 anos (e relançada em 2000, pela editora Dubolso, no volume “Materiaes”), e quatro contos onde está presente o mesmo personagem que dá nome à coletânea. Desses quatro, dois foram publicados em 1986, na antologia “Contos Jovens”, da editora Brasiliense; um está no livro “A ponto de explodir” (2008) e o outro é inédito. Com posfácio de Francisco de Morais Mendes e texto de quarta capa de Sebastião Nunes.

Londrix 2010

Começa na próxima terça-feira, dia 21 de setembro o Londrix 2010 – Festival Literário de Londrina. Seis dias de intensa programação. Poetas, escritores, música, feira de livros, lançamentos, debates, oficinas, palestras e a presença de muitos  amigos. Quem estiver passando por lá, não devia perder.

Pra saber mais, é no site:
www.festivalliterariodelondrina.com

Novo site da Livraria e Editora Crisálida

livraria e editora crisálida: novo site

Uma editora não é apenas uma empresa que publica livros. Se o propósito é publicar livros voltados para o humano, uma editora precisa ser mais que uma publicadora: é necessário ser um local de debates, de conversas, interlocuções e formação. Local de fervuras.

Quem me conhece sabe o quanto devo à Crisálida, enquanto formadora, do bom que tenho em mim hoje em dia. Oséias Silas Ferraz foi quem primeiro me abriu as portas para o mundo editorial, publicando pela primeira vez uma tradução minha (a saber: O doente imaginário de Molière, em 2002) e que depois me convidou para publicar Canções da Inocência e da Experiência, traduções que me ensinaram mais do que todas as disciplinas de literatura na UFMG.

É com essa alegria e essa gratidão que dou aqui a notícia do seu novo site. É um espaço dinâmico, onde o leitor poderá obter obras tanto do acervo da livraria (que trabalha com novos e usados) quanto da editora. É claro que visitar o site nem se compara com o prazer de pisar lá na sobreloja do Edifício Maletta, bater um papo com os livreiros, encontrar as obras que você tanto queria ver guardadinhas lá na estante sem nenhuma virtualidade. Mas não é todo mundo que pode. Então o negócio é aproveitar e clicar aí:

www.crisalida.com.br