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ZIP – Hoje!

E para quem ainda não se inteirou, aí vai a intimação: a partir das 19h de hoje estará rolando a ZIP – Zona de Invenç~ao Poesia &. Aviso aos sãopaulocêntricos e cariocômanos: esta Zona é um dos melhores acontecimentos de poesia desta república das letras. No comando, um time foda: Ricardo Aleixo, Chico de Paula e Bruno Brum na curadoria, Sabrina Bueno na produção executiva e Raquel Pinheiro na finalização video-instalação e Daniel Mendonça, que colaborará no apoio técnico de áudio. Serão mais de cem poetas entre os que enviarão seus trabalhos e os que estarão presentes.

A inauguração é hoje, quinta-feira, 17 de março de 2011 a partir das 19h no Centro Cultura UFMG. As outras sessões serão sempre nas sextas-feiras, incluindo amanhã.

E numa dessas, eu também estarei lá com mais uma noite de POEMAQUMBA. Fique antena!

Quer saber quem participa da ZIP? A lista é longa, clique aqui para lê-la.

Ações poéticas do Poro

Intervalo, respiro, pequenos deslocamentos. Em edição bilíngue, o livro do Poro chegou desviando discurso. Premiado pelo Programa Brasil Arte Contemporânea da Fundação Bienal de São Paulo e Ministério da Cultura, é um trabalho belíssimo e de extremo cuidado com mínimas minúcias, cores, palavras, pixels. Organizado pelo Marcelo Terça-Nada e a Brígida Campbell, tem edição bilíngue (inglês-português) e traz textos de: Daniela Labra (pesquisadora e curadora – Rio de Janeiro), André Mesquita (pesquisador e ativista – São Paulo), Newton Goto (artista, pesquisador e curador – Curitiba), André Brasil (pesquisador da área de comunicação – Belo Horizonte) , Wellington Cançado & Renata Marquez (arquitetos, curadores e pesquisadores – Belo Horizonte), Anderson Almeida (escritor – Belo Horizonte), Luiz Carlos Garrocho & Daniel Toledo (pesquisadores e criadores cênicos – Belo Horizonte), Ricardo Aleixo (poeta, curador e ativista cultural – Belo Horizonte).

Para saber mais, clique no link:
www.poro.redezero.org/livro/

Ricardo Aleixo no Cine Sesi Pajuçara

Nem uma única linha só minha - performance intermídia de Ricardo Aleixo

E para quem estiver em Maceió no próximo sábado, dia 19, vá ao Cine Sesi de Pajuçara que tem poesia da melhor pra se ouvir. É a performance Nem uma única linha só minha do Ricardo Aleixo. Essa não dá pra perder. Eu mesmo, que tenho o privilégio de viver na mesma cidade que o Ric, gostaria de estar lá para ver.

Céu inteiro – Ricardo Aleixo

ceu-inteiro: ricardo aleixo

Céu inteiro é o livro de constelações lançado por Ricardo Aleixo em novembro do ano passado. Terceira publicação da coleção Elixir, edição primorosa lançada com os auspícios de Flávio Vingoli e impressa na gráfica do Matias. Céu inteiro já é, com certeza, uma raridade e eu tenho a sorte de ter nas minhas mãos o meu exemplar autografado.

Ricardo avisa na introdução: “Este pequeno conjunto de lipogramas que compus ao longo de 2007 foi desentranhado de um projeto mais amplo, intitulado Modelos Vivos“. Diz também que este será lançado em breve. Não conheço ainda os Modelos. Tampouco sei o que são lipogramas. Sei que Céu Inteiro é um livro de constelações. E constelações para quê servem? Ora, para ver os signos.

Constelações tipográficas nos remetem imediatamente a Stéphane Mallarmé, que, às vésperas da era do offset (finais do século XIX), se esforçava para não “presumir o futuro” que daquelas esletras sairia. Um lance de dados jamais aboliria o acaso. Hoje, em plena era digital, época em que poucos tipógrafos se dão o trabalho de compor um livro, publicar algo nesses moldes é um desafio. No futuro de Mallarmé, a visualidade é um ruidoso mundo que já não depende de tintas.

Mas o Ric não cai no concretismo fácil, como é ampla tendência, de mestre a aprendiz, na poesia brasileira. Esse Céu é diversão garantida para leitores aficionados por nuances sígnicas, apelos de todo tipo à senso/rialidade do ouvido livre. Um céu inteiro em a – e – i – o – u. Festas: frestas. Onde a orelha fala e a boca escuta (como queria Valéry). Onde cada mínimo sinal ou signo minimal te acena com jorros de plurissignância. Vale a pena seguir a sugestão de “estraçalhar o tempo” para desfrutar.

lançamento: revista roda nº 6

acho que ainda dá tempo: será lançada hoje a revista roda nº 6, comandada pelo mestre-sala ricardo aleixo. no novo número, uma porção de belezuras: homenagem aos 70 anos de nascimento e 40 de poesia e provocaçãm de sebastião nunes. na homenagem, um dossiê com entrevista, poemas, comentários de caras como bruno brum, glauco mattoso, ademir assunção. além de um poema de affonso ávila com o nome de “são sebastião da bocaiúva”. para quem já conhece a poesia desse cara que já é considerado um mestre de todas as gerações que vieram depois dele. além disso, a revista roda traz poemas do angolano abreu paxe, o cubano nicolás guillén, o mineiro paulo kauim e muito mais.

e em meio a este “muito mais”: o meu ensaio “os sessenta anos da anthologie – um livro inventa o presente“. uma espécie de homenagem aos 60 anos da primeira edição da anthologie de la nouvelle poésie nègre et malgache de langue française [antologia da nova poesia negra e malgaxe de língua francesa] organizada em 1948 pelo poeta e (então futuro) presidente do senegal léopold sédar senghor. meu ensaio traz também traduções de alguns poemas presentes na anthologie.

o lançamento acontece hoje, dia 16 de novembro, às 18h, no estande do Lira, instalado no 9º encontro das literaturas, no chevrolet hall.