Generosidades de um leitor

Capa do livro Use o assento para flutuar - Design de Leonardo Mathias

Hoje, ao abrir minha caixa de recados pela manhã, encontrei essa generosa mensagem sobre o meu Use o assento para flutuar. Reproduzo-a na íntegra e como veio. O autor é o poeta e tradutor Gabriel Resende Santos, a quem muito agradeço.

leo,

já conhecia teu trabalho fazia algum tempo. como tradutor e poeta. percebia em você um independente, com uma poesia igualmente independente. tinha te lido no teu blog, o salamalandro, e também no escamandro. assisti algumas entrevistas do palavra inquieta. se não estou enganado, uma delas com o claudio willer. a questão é que apesar do interesse, cometi o erro de esperar um tempo considerável para me aprofundar na sua poesia… então.

chegou hoje de manhã a encomenda do teu ‘use o assento para flutuar’. vi no teu título um potencial livro de qualidade. pelo que já tinha lido de você e pelo que alguns amigos como o guilherme gontijo flores escreveram, foi até uma escolha óbvia. tinha boas expectativas. que foram cumpridas.

li num fôlego e já estou relendo. cara, como eu gostei do teu livro. me agradaram demais poemas como especulação imobiliária, as destrezas e os desastres do amor, soneto das pequenas coisas, wtc babel s.a… não. mais que agradar: tocar. me tocaram sentimental e intelectualmente. o magnetismo do seu universo lírico, a ironia por vezes ríspida (gosto muito), a rara beleza visual dos versos + a preocupação com o ritmo (que fez o segmento ‘língua de aruanda’ tão bonito), o respeito pelas formas clássicas (embora sem fixação), as referências sempre orgânicas e não gratuitas, a coragem de não se deixar prender por um “modo de produção”, frequentemente confundido com a noção de estilo. eu teria mais elogios, mas prefiro não prolongar. o que queria te dizer é: tive prazer te lendo. e me sinto grato por isso.

desculpe aparecer do nada. é que desta vez preferi a resposta ao silêncio. também desculpe pela mensagem mal escrita: agora, enquanto a digito, o sono meio que atrapalha. e sono, taí uma coisa que não senti ao ler teu ‘use o assento’. ele me deixou foi muito desperto, embora flutuando

meus parabéns pelo belo livro. abraço grande

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